sábado, 21 de dezembro de 2013

Chamam de anca, bunda e rabo!
independe do vocábulo,
o moleque deseja é meter a mão,
o  mais velho passar o caralho!

Lá praticam Odaxelagnia e Fisting,
A palma da mão estala, a carne treme
e o vermelhão sobe!

As duras e rígidas afrontam a glande,
atraem olhares e a causam comoção.
As chochas, caídas e ausentes (putz!)
nem chamam atenção!

Celulites, estrias e espinhas
todo rabo têm!
Algumas bundas têm cabelo também!

De certo, e de fato
quando ficam de quatro,
quase rabo todo é do caralho!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

... então, ele criou uma régua. Nesta régua, em uma das pontas, havia o "ideal" e, na outra, o "real".
Ela apenas observava tudo.
Ele pousou a régua sobre a grama e, ainda de costas para ela, levou o punho cerrado à boca e soprou por alguns segundos. Virou-se para ela, estendendo sua mão, e disse: "Apresento-lhe à felicidade! Mas, quero lhe indagar uma coisa, onde, em que ponto desta régua, ficará a felicidade?".

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

No dia seguinte não houve nada.
Não houve telefonema,
Não houve sol,

Havia incomodas dores em meu sexo,
Havia sangue em meus lençois,
Havia hematomas em minha nuca e marcas de dentes em meus seios.

Não havia príncipe,
Não havia café da manha posto sobre mesa branca, não havia cortinas enormes a bailar com o vento, não havia jardins.
Não havia sonhos.

Não havia mais uma menina...
havia uma mulher.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

De repente, senti que a pressão que estava sobre meu corpo sumiu.
Ainda mordendo os lábios, como resultado da ansiedade e do desespero, fiquei com os olhos cerrados por algum tempo.
Ouvi, ao longe, ele murmurando alguma coisa. Não sabia ao certo onde ele estava, mas permaneci quieta, quase morta sobre os lençóis, úmidos de suor, que separavam meu corpo daquele fétido e velho colchão.
Inspirei o máximo que pude, até senti um ar menos quente em meu rosto. Traguei um bocado de ar com alívio, até que veio o odor de charuto.
Não me movia há quase um minuto quando percebi que ainda tinha meu punho esquerdo fechado. Prendia, com as unhas e com os dedos contraídos, o lençol em minha mão.
Quando decidi abrir os olhos, sabia que poderia ser pior do que antes.
Ao poucos, minhas retinas foram invadidas pelo tom laranja que habitava o quarto. A janela não tinha cortinas e, pelas ausências das mesmas, pude notar que a noite já chegara, mas o sol hesitava em ir.
Quando meus recém olhos abertos puderam distinguir as silhuetas da habitacion, pude ver aquele imenso corpo, roliço, branco e coberto por pelos nas costas e nas nádegas. Grossos pelos negros cravados em um corpo em forma de barril.
Ele estava encostado com o ombro esquerdo na porta do quarto, sem pudor algum, conversando, nu, com alguém que passava pelo corredor.
E eu, eu ainda estava com as pernas abertas.
Quando tive coragem de olhar meu corpo, meus seios, barriga e a parte interna das minhas coxas estavam cobertas de pelos e suor dele! Meus seios ainda tinham o horrível cheiro da sua saliva e meus mamilos pareciam mortos!
Onde meu seio esquerdo juntava-se ao meu corpo, existia a marca feita por ele. Com a boca ele havia me sugado como um bezerro, deixando um registro roxo e vermelho daquele momento de nojo.
Aos poucos, a aura do quarto começou a mudar. Passava a ser menos pesada, mais aceitável, mais tolerante comigo. E eu permanecia quieta, por fora, naquela alcova nefasta. Por dentro, nada mais iria reconstruir minha fragmentada alma.
Quando fiz menção em levantar-me da cama, senti que um líquido denso escoria de mim entre minhas pernas. Não quis olhar, sabia o que era, mas meu instinto foi mais forte do que meu pudor.
Levantei a cabeça, olhei para o meu púbis, passei levemente os dedos no meu sexo. Meu corpo expulsava da sua intimidade o sangue e sêmen do general. Regurgitava, aos poucos, o prazer egoísta que ele obteve com minha carne.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Sei que ela nunca poderia me dizer quem era de verdade,
da mesma forma,
que não queria alimentar essa farsa.

Mas estar sobre os seios dela era real. Adorava sover o suor que corria entre os belos e rígidos mamilos.
O pulsar de seu coração ao termino do nosso coito, me enchia de vida!


Não me lembro de como ela se entregava na cama, como não me lembro de como ela agitava os quadris... Só recordo de seus risos, de como delicadamente  me penteava o bigode com a ponta dos dedos, de seu olhar e de sua forma de me desejar.

Mas ela precisava partir...

E para que o tempo não me furtasse ela em um súbito golpe,
deixou-me uma fotografia, para que morresse aos poucos em meu peito.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Lautrec contava-me, empolgadíssimo, como dançava La Goule quando notei à frente do passeio que percorríamos, no parque Pere Foret, algo que se singularizava nas folhas que cobriam o chão.

O pouco sol que ainda havia no céu de Montmartre fez com que um brilho refletisse do objeto.
Lautrec não parava de falar, falava para si mesmo em voz alta, já não se importava se eu tinha minha atenção voltada a ele, simplesmente discorria sobre o Cancan de Louise.

Retive-me e, com a ponta do sapato, chutei as folhas secas, tentando trazer à tona o objeto brilhante. Quando se abriram um pouco, pude ver uma pequena fotografia.

Henri estancou seus passos. Quando se virou, me viu cheio de livros, telas, pincéis e palhetas no colo e com o olhar voltado para o espaço em meio às folhas mortas, no chão.

Quando fui, vagarosamente, abaixando-me em direção ao objeto, Lautrec, em um movimento rápido e curto, com sua bengala, espalhou as folhas para os lados, expondo a fotografia por completo.

"Pronto, meu rapaz, é por esse papel que tens interesse? Pegue-o e vamos! Temos que fazer o cartaz de Jane!". E pôs-se a andar em seus pequenos passos, movimentando a cabeça de forma a reprovar minha atitude.

Rapidamente pus tudo ao chão e peguei a foto. O papel, já amassado e com a gelatina fotográfica rachada, expunha sinais de haver sofrido com intempéries.

A foto registrava dois lindos seios desfraldando-se de um corpete. Um pingente estava entre os lindos seios, de mamilos salientes, e dezenas de pintinhas cobriam seu colo e ombros.
Via-se parte do braço da dona dos seios.
Ela tinha a mão calçada com uma luva.
Não se podia ver o outro braço.
As grossas fitas desembaraçadas do corpete pousavam-se sobre o vestido que a dama usava. Ela estava sentada sobre uma cama desfeita.

Olhando com atenção a foto percebia-se que os seios eram de formação perfeita! Lindos e rígido! Eram jovens e vivos! Me hipnotizaram por alguns segundos, tentava sentir a textura dos seios com os olhos.

No anverso da fotografia, em sépia, havia escrito, com uma linda grafia feminina, um trecho de poema/declaração de amor:

“Com meu corpo desnudo e com alma impura
provo teu cálice,
sinto o néctar que surge
a transbordar em minha boca.
Minha sede não consigo controlar
Entrego-me como oferenda."


De sua eterna querida,
Elizabeth Weber


A foto e o poema... aqueles seios se entregando com prova de amor... me colocaram em um estado de transe. O tempo se tornou estático enquanto eu pensava em quem perdeu tal foto e em quem faria tal declaração de amor. Quem seria o dono da fotografia, quem seria Elizabeth Weber?


Só voltei para o Pere Foret quando senti as bengaladas de Henri em meus ombros.

"Vamos, vamos! No Moulin Rouge verás maiores e ao vivo! Agora, vamos, meu rapaz!”

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Saí do carro e fechei a porta,
olhei  atraves da janela, e dei a ele um leve sorriso.

Atravessei a rua ainda com as pernas tremulas e com a calcinha embolada à saia.

Quando ouvi o barulho do carro descendo a rua.

Não olhei para trás,
e cuspi todo aquele sêmen maldito que me enchia a boca.